ARKIVÃO

ARKIVÃO - espaço para reunir o que vou escrevendo ao longo do tempo, e que se encontra espalhado por aí; arkitectura, referências a terra de origem, divagações disléxicas; tentativa de organização, mas sem critério e por vezes sem cronologia; organização anárKica, incompleta, de conversa da treta, assinada através de diversos pseudónimos.... mas nem tudo estará aqui. Anabela Quelhas

Wednesday, November 22, 2006

INFERNO COLONIAL

"Chinteya, uma rapariga de quatro anos, assustada, chora. Um soldado, simulando compaixão, aproxima-se e, acariciando a criança, pergunta-lhe se está com fome. Sem, porém, esperar a resposta, continua: «Toma o biberão.» E, metendo à força o cano da arma de fogo na boca da criança, diz:«Chupa!» e dispara. A criança cai com um rombo na nuca.Não foi Chinteya a única vítima tratada assim; várias outras tiveram a mesma sorte."
(Do relato dos padres da missão de S. Pedro sobre os massacres de Tete de 16/9/72)
"Para um negro que mata um branco só pode haver uma pena cujo efeito seja proveitoso - a pena de morte hoje desterrada dos nossos códigos."
(Mouzinho de Albuquerque."Moçambique, 1896-98, vol II")
"E se pode julgar a máquina de gentio que têm estes reinos (do Congo), pelo que diremos que haverá cem anos que se começou a conquista destes reinos e têm ido um ano por outro despachados deste porto oito a dez mil cabeças de escravos, que são quase um milhão de almas."
(António Oliveira Cardonega, "História Geral das Guerrras Angolanas", 1680.)
editado em www.sanzalangola.com em 8/09/2006

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