À procura da linha recta que é curva
Cheguei toda artilhada!
Trouxe papel e lápis,
os compêndios de matemática
e de geometria,
régua, esquadro e compasso.
Tudo num braçado!
O transferidor também.
Não venho tomar sol, não!
Nem venho mirar as estrelas.
Hoje vou olhar mesmo a areia.
Não trouxe o computador
pois é coisa que talvez
não combine com esta praia.
Me vou concentrar na areia
e tentar espreitar o zulmarinho
lá no outro lado,
onde o contador destas estórias
diz que a linha recta é curva.
Não vou espreitar caminhando sobre o diâmetro,
mesmo na ortogonal a mim…
Nãaaaa,!!!!!
… iria parar na Nova Zelândia,
e dar de caras com o irmão deste nosso zulmarinho!
Eu vou caminhar na corda da esfera
mesmo que esteja bamba,
paralela ao tal de diâmetro,
secante à tal de curva
linha do horizonte
De todos os tempos.
E vou medir meus passos.
Nos senos e cosenos,
nos logaritmos,
nos ritmos dos logares
na raiz quadrada
quase potência, ao contrário
desta trignometria
feita de ar, água e terra.
E então e o fogo?
O fogo é a tocha
enterrada na areia do Mussúlo,
lá… onde irei espreitar,
virando a saudade num quadrângulo.
……
Hoje resolvi escrever em carreirinha
Mesmo sem ser poema.
Em coluna, se quiserem!
Apenas por habituação algébrica
Na conta de somar sonhos.
Ana d’Or
Editado em www.sanzalangola.com
Editado em http://www.sanzalando.blogspot.com/
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