ARKIVÃO

ARKIVÃO - espaço para reunir o que vou escrevendo ao longo do tempo, e que se encontra espalhado por aí; arkitectura, referências a terra de origem, divagações disléxicas; tentativa de organização, mas sem critério e por vezes sem cronologia; organização anárKica, incompleta, de conversa da treta, assinada através de diversos pseudónimos.... mas nem tudo estará aqui. Anabela Quelhas

Thursday, August 17, 2006

A arquitectura e as cidades

O urbanismo, a arquitectura, a saúde, a economia, o ambiente, e muito + dependem em 1º lugar da vontade polítca de construir algo positivo!
O urbanismo é uma área que logicamente mexe em muitos interesses, estuda a transformação das cidades e aponta soluções para problemas de organização e planeamento de território, mas prevalece sempre o interesse do poder instituído, que se serve dos técnicos do urbanismo e não só, para almofada de certas incongruências e desrespeito por certos compromissos assumidos perante os cidadãos.
É confortável e fácil atirar a culpa para o urbanista.
Acho que estamos todos de acordo, que prioridades são proridades e ponto final! No entanto as respostas às prioridades que obrigatóriamente têm de ser executadas, para atender às necessidades básicas de todos, devem ser bem planeadas, pelos a médio prazo, para resultar em algo positivo e racional. Se não for assim, passamos a vida a "fazer e a desfazer" - atitude que se desenha sempre mais dispendiosa, certamente!
A arquitectura, é uma área artistica (sempre foi), mas não superflua. Pelo seu conteúdo, relaciona-se com tudo o que diga respeito às pessoas, e à forma de habitar e viver o espaço.
Beleza, funcionalidade, economia, sociologia, ergonomia e ambiente, não podem viver zangadas, de costas voltadas, ignorando-se mutuamente! É dificil conciliar interesses? Claro que é! Soluções perfeitas não existem!... já é bom estar-se no caminho certo, lutar o mais possível pelo direito à dignidade de cada um, e, não optar por atalhos fáceis, com consequências não planeadas ou imprevisiveis, que afetam todos.
Voltando ao património - é importante, desenvolver nos cidadãos, o conhecimento e depois o amor pelo património das suas cidades - lutar por ele (veja-se o exemplo dos holandeses) - sejam elas, Luanda, Londres, Rio de Janeiro ou Xangai. O património arquitectonico, é uma referência cultural de todos, só que é muito mais fácil preservar mùsicas, objectos, danças... ocupam pouco espaço, e não interfere com tantos interesses financeiros. Especificamente, importa "moldar" consciências e desenvolver vontades, por forma a evitar que se cometam atrocidades em nome de falsos progressos, inseridos nesta sociedade de consumo global.
Fernando e Tomás, o "belo" não tem que ser obrigatóriamente dispendioso, nem pular por cima dos direitos fundamentais do ser humano.Penso que estamos de acordo.
Um abraço
Anabela
editado em www.sanzalangola.com em 24/01/2006

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