Freud dizia que em todos nós existe um impulso para a destruição.
Da mesma maneira que existe um impulso para vida, para criatividade, para o prazer e para o amor.
Estes impulsos estão sempre em conflito, e esses conflitos vão sempre acompanhar o homem.
Se não reconhecermos isto, acreditaremos em qualquer teoria que defenda que a guerra é a única solução para o mundo.
Na verdade, todas essas teorias e crenças que defendem a guerra estão a serviço deste impulso destrutivo que existe em todos nós. Por isso fazem tanto sucesso, porque encontram eco em todos nós.
Temos que nos conhecer para a guerra poder acabar.
(isto aplica-se às guerras e às guerrinhas)
Osíris
"A pergunta é: existe uma maneira de libertar os homens da fatalidade da guerra? É sabido que, com o progredir da ciência moderna, responder a esta pergunta tornou-se uma questão de vida ou de morte para a civilização por nós conhecida; e no entanto, apesar de toda a boa vontade, nenhuma tentativa de solução deu qualquer resultado visível. (...) Concluindo: falei até agora só de guerras entre Estados, ou seja, de conflitos internacionais. Mas estou perfeitamente consciente do fato que o instinto agressivo também se manifesta de outras formas e em outras circunstâncias (penso nas guerras civis, por exemplo, em certa altura devidas ao fanatismo religioso, hoje a fatores sociais; ou ainda às perseguições de minorias raciais)."
(Albert Einstein, Carta a Freud, julho de 1932)
"O senhor admira-se do fato de que seja tão fácil entusiasmar os homens para a guerra e suspeita de que algo, uma pulsão de ódio e de destruição, atua neles, facilitando tal incitamento. Mais uma vez, não posso senão partilhar sem restrições sua opinião. (...) Ora, as atitudes que nos foram impostas pelo processo da cultura são negadas pela guerra do modo mais cruel e, por isso, erguemo-nos contra a guerra; não a suportamos mais, e não se trata aqui de uma aversão intelectual e afetiva; em nós, pacifistas, agita-se uma intolerância constitucional, por assim dizer, uma idiossincrasia elevada ao máximo. E parece que as degradações estéticas da guerra contribuem para nossa rebelião em não menor grau do que suas atrocidades. (...) Por agora só podemos dizer: tudo o que fomente a evolução cultural atua contra a guerra."
(Sigmund Freud, Carta a Einstein, setembro de 1932)
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